Estou cada vez mais fechada,mais quieta e mais voltada para mim mesma.
Na verdade,só escuto o que quero,só falo se for necessário,e só vejo o que me interessa.
Minha paciência tornou-se curta com algumas pessoas ( mesmo da família ) porque parece que pararam no tempo,não evoluiram…continuam pensando e dizendo as mesmas coisa de quarenta anos atras…
Acabo me tornando chata…anti social…esquisita.
Não correspondo aos olhares masculinos,que - além de não despertarem absolutamente nada em mim - as vezes até me incomodam,provocando um ar de reprovação compassiva,como a mãe que desaprova o procedimento de um filho.Não sou melhor que ninguém,não estou acima de ninguém…mas…alguma coisa mudou em mim…ou eu que mudei,sei lá.
A verdade é que hoje,olho o mundo com outros olhos,olhos que parecem não ser mais os meus de antigamente.
Muitas das coisas que eram imprescindíveis no meu passado ( ha trinta ou quarenta anos ) hoje para mim nem existem mais…estão num tempo tão longínquo,que parecem pertencer a alguma outra vida,que não essa.
Valorizo a paz,a quietude,a temperança,a vida saudável e equilibrada. Valorizo o silencio.
Fico perto de quem me faz bem,com pouco falatório,sem criticas e comentários desnecessários.
Gosto de pensar com esperança. Adoro minhas orações, e nem percebo o tempo passar, quando contemplo a sós ( na penumbra do quarto ) uma pequena chama de vela, estremecida nas cores laranja,amarelo e azul.
Algumas coisas não me interessam mais. Essa transmutação íntima faz parte do crescimento individual,e creio que todo ser humano passa por isso em algum momento da vida.
Somos caminhantes,e durante nossa peregrinação,mudamos nossas escolhas, optamos por novos rumos na estrada ( uma reta,uma curva,um atalho ) ainda que possamos parecer diferentes,esquisitos ou alheios as pessoas que tentam manipular nossas vidas. Com tantas opções e oportunidades,acabamos interferindo constantemente em nosso futuro.Um futuro que não existe como algo fixo,cristalizado e imutável. Mas como algo a ser construído diariamente,em cada situação do dia. Dessa maneira,olhamos a paisagem ao redor sempre com novos olhos,novos interesses,novas descobertas. Eu nunca ouvi de ninguém,que para ser feliz agora,precisa voltar para as escolhas do passado e viver novamente tudo o que lhes foi importante um dia,mas que hoje,não é mais. Essa alquimia interior,é tão natural como respirar.
O tempo passa silencioso como uma sombra, e o que foi importante para nós um dia,hoje não nos interessa mais.
*PenhaBoselli* / 2015
Gosto de escrever e fotografar. Tentei unir as duas coisas nesse blog despretencioso : pequenas histórias ( relatando fatos e situações divertidas e marcantes do meu dia a dia ) acompanhadas de algumas fotos ilustrativas ( mas nem sempre ). Alguns textos expressam emoções e fatos bastante felizes e gratificantes. Já outros são contemplativos e expressam momentos de reflexão,devido ao meu temperamento fechado e introspectivo. Namaste
quarta-feira, 29 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
PAPÉÉÉL..!!!
Quem nunca na vida cantou esse refrão ?
Normalmente o rolo de papel higiênico do banheiro,acaba com a gente.Nunca com os outros.
Aí,a gente grita “ PAPÉÉÉL…” e fica esperando impotente que alguém da casa escute o apelo. Confesso que quando isso acontece comigo,prefiro estar sozinha em casa sem nenhum membro da família por perto. Sinto-me á vontade para levantar do vaso sanitário com a saia levantada ( ou com a calça abaixada ) e sair do banheiro sem constrangimento nenhum, em busca do “rolo de ouro “ na dispensa,sem ninguém por perto para encher meu saco. Mas quando tem filhos ou netos por perto,é um empurra empurra que não tem fim. Um finge que não escuta,o outro está com o fone no ouvido,outro está jogando algum game barulhento,e a gente fica alí…sentada no banheiro,a mercê da boa vontade alheia em nos ajudar.
De repente aparece um filho ( fingindo compaixão ) que nos chantageia.
- Mãe…lembra aquela mesada que você não deu ? Pois é… e acena com o rolo de papel na mão, pela fresta da porta entreaberta.
Não critico a chantagem financeira,porque eu faço chantagem emocional,tipo :
- Filhão…qual é o refrão mesmo ? Aquele que faz tempo que mamãe não escuta ? acenando com o papel higiênico nas mãos. E aí o marmanjo diz todo enrolado e ininteligivelmente constrangido :
- Mamãessss te amuaossss.
kkkkkkkkk…a vingança sará maligna.
Outro dia minha netinha chegou até a porta do banheiro com o rolo de papel na mão,mas parou pensativa antes que eu pudesse pegá-lo.
- Vovó ? …voce vai me dar presente no dia da criança ? ( ela sabe que eu abomino comemorações capitalistas )
- Hum…não sei,respondi. Por que ?
- Bom…a gente pode conversar né ? e sorriu matreira,acenando com o rolo de papel na mão.
Sem comentário...
Em casa, quem geralmente berra por papel no banheiro é um dos filhos. Essa é a hora do acerto de contas entre irmãos.É tanta negociação,tanta chantagem que acabo saindo do quarto para atender o apelo aflito de quem está no trono e acabar logo com a contenda.
Fico pasma de ver quão frágil é o ser humano,quando está no banheiro sem papel higienico. E quem aparece para ajudar ( seja qual for o membro da família ) não resiste em fazer uma brincadeirinha ardilosa e matreira com o suplicante indefeso que aguarda ajutório.
E a gente não aprende, que é necessário ver se tem papel higiênico no banheiro,antes de fechar a porta e antes deconcluir o ato purificatório. Do contrário,ficamos á mercê da boa vontade alheia e berrando o tempo todo :
PAPÉÉÉL..! PAPÉÉÉL..! PAPÉÉÉL..!
*PenhaBoselli*/2015
Normalmente o rolo de papel higiênico do banheiro,acaba com a gente.Nunca com os outros.
Aí,a gente grita “ PAPÉÉÉL…” e fica esperando impotente que alguém da casa escute o apelo. Confesso que quando isso acontece comigo,prefiro estar sozinha em casa sem nenhum membro da família por perto. Sinto-me á vontade para levantar do vaso sanitário com a saia levantada ( ou com a calça abaixada ) e sair do banheiro sem constrangimento nenhum, em busca do “rolo de ouro “ na dispensa,sem ninguém por perto para encher meu saco. Mas quando tem filhos ou netos por perto,é um empurra empurra que não tem fim. Um finge que não escuta,o outro está com o fone no ouvido,outro está jogando algum game barulhento,e a gente fica alí…sentada no banheiro,a mercê da boa vontade alheia em nos ajudar.
De repente aparece um filho ( fingindo compaixão ) que nos chantageia.
- Mãe…lembra aquela mesada que você não deu ? Pois é… e acena com o rolo de papel na mão, pela fresta da porta entreaberta.
Não critico a chantagem financeira,porque eu faço chantagem emocional,tipo :
- Filhão…qual é o refrão mesmo ? Aquele que faz tempo que mamãe não escuta ? acenando com o papel higiênico nas mãos. E aí o marmanjo diz todo enrolado e ininteligivelmente constrangido :
- Mamãessss te amuaossss.
kkkkkkkkk…a vingança sará maligna.
Outro dia minha netinha chegou até a porta do banheiro com o rolo de papel na mão,mas parou pensativa antes que eu pudesse pegá-lo.
- Vovó ? …voce vai me dar presente no dia da criança ? ( ela sabe que eu abomino comemorações capitalistas )
- Hum…não sei,respondi. Por que ?
- Bom…a gente pode conversar né ? e sorriu matreira,acenando com o rolo de papel na mão.
Sem comentário...
Em casa, quem geralmente berra por papel no banheiro é um dos filhos. Essa é a hora do acerto de contas entre irmãos.É tanta negociação,tanta chantagem que acabo saindo do quarto para atender o apelo aflito de quem está no trono e acabar logo com a contenda.
Fico pasma de ver quão frágil é o ser humano,quando está no banheiro sem papel higienico. E quem aparece para ajudar ( seja qual for o membro da família ) não resiste em fazer uma brincadeirinha ardilosa e matreira com o suplicante indefeso que aguarda ajutório.
E a gente não aprende, que é necessário ver se tem papel higiênico no banheiro,antes de fechar a porta e antes deconcluir o ato purificatório. Do contrário,ficamos á mercê da boa vontade alheia e berrando o tempo todo :
PAPÉÉÉL..! PAPÉÉÉL..! PAPÉÉÉL..!
*PenhaBoselli*/2015
sexta-feira, 24 de abril de 2015
PIC NIC NO PARQUE
O dia estava lindo,era feriado e eu decidi ir ao parque. Talvez conseguisse bons cliques,sobre cenas de paz e tranquilidade,tipo gente pedalando,crianças correndo,adultos em alongamento,times de futebol etc…
Cheguei no parque animadinha e comecei a andar em busca de fotos interessantes,mas ( logo de cara ) pude notar que alguma coisa estava diferente. Eu via muitos grupos espalhados embaixo das arvores,uns mais perto outros mais longes. Alguns casais isolados em busca de privacidade,famílias inteiras de duas e três gerações reunidas em confraternização,turmas de escola e outros grupos ( até freiras vi reunidas alegres e descontraídas embaixo de uma árvore ).
Notei que todos estavam acomodados ao redor de largas toalhas para pic nic : toalhas ornadas com flores, e salpicadas de comidas,tipo petiscos,bolos,salgadinhos e refrigerantes ou vinho. Foi então que minha ficha caiu. O parque estava cheio de gente fazendo pic nic nas sombras das arvores : confraternizações,encontros,reuniões familiares,namorados apaixonados,e afins.
Que interessante …pensei…tá parecendo que hoje é o dia mundial do pico nic,nunca vi o parque assim antes.
Desviei minha atenção das fotos, para os grupos embaixo das arvores,e comecei a andar aleatoriamente entre eles,curiosa e de maneira disfarçada. Pude notar então,que cada turma curtia o pic nic a sua maneira.
Vi grupos que enfeitaram a toalha pousada no chão com muitas flores,outros enfeitavam também as arvores ( com flores,fitas coloridas e bandeirinhas ) e outros com bexigas. Mas observei nitidamente que a diferença maior entre os picniqueiros constava no cardápio. Os namorados exibiam vinhos e canapés. As famílias grandes,frango refrigerante,cerveja e cachorro quente. As freirinhas esbanjavam frutas de todo tipo e pão com mel,além de bolo integral. Pessoas mais simples,ou menos preocupadas com comida saudável,mastigavam todo tipo de salgadinhos e muita coca cola.
Fiquei zanzando com a máquina fotográfica nas mãos, sem coragem de fotografar esses momentos felizes e alheios ( considero pic nic uma vivencia íntima e muito especial na vida das pessoas ) Penso que estaria invadindo sua privacidade se as fotografasse por interesse próprio,pois suponho que a gente não compartilha um pic nic com estranhos,muito menos com fotógrafos.
O parque estava alegre,com gente sorrindo e cantando o tempo todo. O namorado cantando para a namorada,as freirinhas cantando em coro musicas de louvor a Deus,os idosos em família com pandeiro e cavaquinho no embalo de samba raiz,ciganos com fitas coloridas dançando suas danças típicas,e mães cantando cantigas de ninar, para a criança de colo dormir. A energia do parque estava vibrante,contagiante e completamente diferente de outros feriados que andei por lá.
Pensei comigo : o que teria levado tanta gente a fazer pic nic ao mesmo tempo,no mesmo dia,no mesmo parque e no mesmo feriado ?
Coincidência ? Sincronicidade ? Inconsciente coletivo ? Trama do universo ?
Guardei minhas indagações no coração, e em silencio voltei para o carro,não sem antes dar um zoom na máquina e capturar pelo menos uma imagem de um dos felizes grupos de picniqueiros.
Quem sabe eu conseguiria absorver e revelar pela foto,a energia vibrante que pairava no ar ?
*PenhaBosellI* / 2015
Cheguei no parque animadinha e comecei a andar em busca de fotos interessantes,mas ( logo de cara ) pude notar que alguma coisa estava diferente. Eu via muitos grupos espalhados embaixo das arvores,uns mais perto outros mais longes. Alguns casais isolados em busca de privacidade,famílias inteiras de duas e três gerações reunidas em confraternização,turmas de escola e outros grupos ( até freiras vi reunidas alegres e descontraídas embaixo de uma árvore ).
Notei que todos estavam acomodados ao redor de largas toalhas para pic nic : toalhas ornadas com flores, e salpicadas de comidas,tipo petiscos,bolos,salgadinhos e refrigerantes ou vinho. Foi então que minha ficha caiu. O parque estava cheio de gente fazendo pic nic nas sombras das arvores : confraternizações,encontros,reuniões familiares,namorados apaixonados,e afins.
Que interessante …pensei…tá parecendo que hoje é o dia mundial do pico nic,nunca vi o parque assim antes.
Desviei minha atenção das fotos, para os grupos embaixo das arvores,e comecei a andar aleatoriamente entre eles,curiosa e de maneira disfarçada. Pude notar então,que cada turma curtia o pic nic a sua maneira.
Vi grupos que enfeitaram a toalha pousada no chão com muitas flores,outros enfeitavam também as arvores ( com flores,fitas coloridas e bandeirinhas ) e outros com bexigas. Mas observei nitidamente que a diferença maior entre os picniqueiros constava no cardápio. Os namorados exibiam vinhos e canapés. As famílias grandes,frango refrigerante,cerveja e cachorro quente. As freirinhas esbanjavam frutas de todo tipo e pão com mel,além de bolo integral. Pessoas mais simples,ou menos preocupadas com comida saudável,mastigavam todo tipo de salgadinhos e muita coca cola.
Fiquei zanzando com a máquina fotográfica nas mãos, sem coragem de fotografar esses momentos felizes e alheios ( considero pic nic uma vivencia íntima e muito especial na vida das pessoas ) Penso que estaria invadindo sua privacidade se as fotografasse por interesse próprio,pois suponho que a gente não compartilha um pic nic com estranhos,muito menos com fotógrafos.
O parque estava alegre,com gente sorrindo e cantando o tempo todo. O namorado cantando para a namorada,as freirinhas cantando em coro musicas de louvor a Deus,os idosos em família com pandeiro e cavaquinho no embalo de samba raiz,ciganos com fitas coloridas dançando suas danças típicas,e mães cantando cantigas de ninar, para a criança de colo dormir. A energia do parque estava vibrante,contagiante e completamente diferente de outros feriados que andei por lá.
Pensei comigo : o que teria levado tanta gente a fazer pic nic ao mesmo tempo,no mesmo dia,no mesmo parque e no mesmo feriado ?
Coincidência ? Sincronicidade ? Inconsciente coletivo ? Trama do universo ?
Guardei minhas indagações no coração, e em silencio voltei para o carro,não sem antes dar um zoom na máquina e capturar pelo menos uma imagem de um dos felizes grupos de picniqueiros.
Quem sabe eu conseguiria absorver e revelar pela foto,a energia vibrante que pairava no ar ?
*PenhaBosellI* / 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
PISANDO EM BARATAS
Todos os moradores do prédio foram avisados que havia sido descoberto um ninho de baratas,no subsolo da garagem. Todos também foram avisados que o veneno para exterminar as cascudas, seria jogado em tal dia e tal hora.
O comunicado não chegou a me incomodar,porque eu tinha coisas demais para fazer na rua e demoraria para voltar ao prédio.Guiça… só a noitinha.
Antes de sair,dei ordem á faxineira que colocasse veneno nas soleiras das portas da cozinha,da sala e também dos elevadores no meu corredor.
É sabido que as baratas,para fugir do veneno,sobem em massa pelo poço do elevador,e acabam adentrando escadarias e apartamentos do prédio.A gente sabe disso e já esperávamos topar com uma ou outra cascuda esperneando pelo chão da garagem ou correndo desorientada pelo saguão do térreo,quando voltassemos para casa. Mas nem desconfiávamos, que a situação acabaria tomando contornos assustadores…inimagináveis.
Fato é, que quando chegamos no prédio a noite e descemos do carro,tinha tanta barata morta pela garagem,que ficava difícil achar um lugar no chão para por os pés. A maior parte já estava morta,outras jaziam de costa, esperneando as pata peludas, e outras ainda se arrastavam sem rumo pelo granito frio. Nunca vi tanta barata na vida. Minha filha gritava,eu gritava,e o carro estava um pouco longe do elevador.
- Mãe vamos voltar pro carro.Vamos parar mais perto do elevador.
- Não dá, eu disse avaliando as poucas vagas de carro que estavam vazias. Não tem nenhuma vaga de carro desocupada perto do elevador.
Continuamos andando confusas e apavoradas.De vez enquanto escutávamos um crasch embaixo dos sapatos.
- Ai que nojo mãe.Éca…éca…minha filha torcia o rosto todo com cara de asco.
- Tamo chegando perto do elevador,eu disse horrorizada…procura dar passos mais largos.
A pressa para entrar no elevador era tanta que não nos demos conta de que as fugitivas invasoras,poderiam estar em qualquer lugar…em todos os lugares.
Afoitamente abrimos a porta do elevador e meia dúzia delas despencaram do alto,quase em cima de nós.Quase desmaiei. Minha filha gritava e se esperneava toda. Parecia alguém tendo uma crise de convulsão.
Entramos no elevador ressabiadas,e assim que a porta fechou,novamente o terror.Pelo teto de vidro transparente e iluminado do elevador,pudemos notar manchas negras e peludas,andando de um lado a outro.Qualquer hora uma delas poderia descer pelas laterais da parede.E a gente trancada alí dentro,com o elevador subindo.Nunca na minha vida,vi um elevador demorar tanto para chegar no terceiro andar. Parecia uma eternidade. Noite de terror.Devia ter ouvido minha intuição e subido pela escada.
Esse ninho de barata vai ficar na história aqui do prédio.
Dia seguinte,já dentro do carro para levar minha filha na acupuntura,ficamos ressabiadas com medo que alguma das cascudas tivessem se amoitado embaixo dos bancos.Tudo parecia normal e eu já estava passando pelo portão da garagem,quando senti alguma coisa roçando meu tornozelo.Brequei violentamente,sapateando e chacoalhando as pernas feito louca,ao mesmo tempo que descia do carro,para procurar alguma meliante cascuda embaixo do banco. Mas aliviada, descobri que era apenas a tirinha preta de uma sombrinha,que estava guardada ali. Foi por pouco que o portão da garagem não fechou no carro.Que susto !
Espero não ver de novo uma barata tão cedo. Eu e minha filha estamos traumatizadas.Toda vez que descemos para a garagem,entramos em pânico por conta de qualquer manchinha preta que a gente ve no chão.
Franz Kafka que me perdoe,mas escolheu o pior inseto do mundo para se metamorfosear.
Maat / 2015
*PenhaBoselli* / 2015
sábado, 18 de abril de 2015
BALLYS COM SORVETE
Chegue em casai me sentindo um bagaço de tão cansada.Apesar de exausta,ainda tinha algumas coisas para fazer na rua antes de tomar um bom banho e cair na cama. Joguei minhas coisas no almofadão do quarto,corri até a padaria para conferir minha aposta no jacaré,passei rapidamente no mercado ao lado para pegar uma janta rápida,e subi disposta a tomar um saudável banho relaxante com espuma de lavanda.
Rezei meu terço da sexta feira, já deitada e pronta para dormir. Mas antes que eu pegasse no sono,minha filha entrou no quarto com uma taça enorme de sorvete com ballys,enfeitada com canudinhos de chocolate.
- Experimenta mãe ! Tá uma delicia !
Pensei comigo,se tomo essa bebida,fico agitada e perco o sono rapidinho.Mas como sou formiguinha de coisas doces,não resisti. Quando dei por mim já estava com a taça nas mãos,suspirando de prazer por sugar aquela delicia dos deuses. Um golinho aqui,outro golinho alí,e no fim a taça já estava pela metade.
Bom…o que aconteceu depois foi bem o inverso de uma pessoa agitada. Comecei a sentir uma moleza no corpo todo,que descia do pescoço até os pes. Ainda bem que estava deitada.
- Caracas…! comentei com minha filha,agora sei como se sente o peru,em véspera de Natal. Então é por isso que dão pinga pro coitado.To inteira mole.
Caímos na risada.
Minha filha saiu do quarto levando o resto da bebida ,e eu fiquei largada na cama que nem maria mole. Não tinha forças pra mais nada.Foi me dando um sono,uma letargia,um entorpecimento,que dormi e nem percebi.
Ooooo…coisa boa. Que rivotrill que nada. Da próxima vez que estiver cansada,estressada e exausta,vou direto para o tal ballys. Posso garantir ( por experiência própria ) que além de gostoso,é bem mais eficiente que qualquer tarja preta.
*PenhaBoselli*/2015
Rezei meu terço da sexta feira, já deitada e pronta para dormir. Mas antes que eu pegasse no sono,minha filha entrou no quarto com uma taça enorme de sorvete com ballys,enfeitada com canudinhos de chocolate.
- Experimenta mãe ! Tá uma delicia !
Pensei comigo,se tomo essa bebida,fico agitada e perco o sono rapidinho.Mas como sou formiguinha de coisas doces,não resisti. Quando dei por mim já estava com a taça nas mãos,suspirando de prazer por sugar aquela delicia dos deuses. Um golinho aqui,outro golinho alí,e no fim a taça já estava pela metade.
Bom…o que aconteceu depois foi bem o inverso de uma pessoa agitada. Comecei a sentir uma moleza no corpo todo,que descia do pescoço até os pes. Ainda bem que estava deitada.
- Caracas…! comentei com minha filha,agora sei como se sente o peru,em véspera de Natal. Então é por isso que dão pinga pro coitado.To inteira mole.
Caímos na risada.
Minha filha saiu do quarto levando o resto da bebida ,e eu fiquei largada na cama que nem maria mole. Não tinha forças pra mais nada.Foi me dando um sono,uma letargia,um entorpecimento,que dormi e nem percebi.
Ooooo…coisa boa. Que rivotrill que nada. Da próxima vez que estiver cansada,estressada e exausta,vou direto para o tal ballys. Posso garantir ( por experiência própria ) que além de gostoso,é bem mais eficiente que qualquer tarja preta.
*PenhaBoselli*/2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
JOGANDO NO BICHO
Cansei da lotofácil ( que já estava ficando difícil ). Apelei para jogo do bicho. Sonhei com o cachorro e um determinado deputado…fiquei na dúvida …mas acabei jogando no cachorro mesmo.Acho que a presença do tal deputado no sonho,confirmou que seria cachorro na cabeça.
Para quem não sabe ou não está habituado com jogo de bicho,informo que cachorro corresponde as dezenas 17-18-19 e 20.
Escrevi meus números na palma da mão e caminhei firme em direção ao místico mundo dos sonhos e suas infinitas possibilidades. Procurei lá na esquina da padaria um tal de Corujinha,responsável pela colheita dos palpites,e expliquei que apesar de leiga,eu tinha tido uma sogra ( in memoriam,que Deus a tenha ) que jogava muito no bicho,sempre com palpites auspiciosos que lhe rendiam um bom dinheirinho.
Corujinha anotou atentamente os números gravados na palma da minha mão,me entregou o comprovante da aposta,e me colocou a par do sorteio,horario,resultados etc…ou seja…tive uma iniciação rápida no mundo da jogatina mais popular do Brasil ali mesmo,na rua,na esquina de uma antiga padaria do bairro.
Estava me sentindo importante,mas também um pouco constrangida. Eu em pé ali na padaria,com a mão aberta para um homem que anotava números em um caderninho suspeito,cercada de motoristas de táxi,pedreiros,encanadores,gente simples que presta serviço no bairro,sentados num balcão para lanche,café,almoço rápido…meio estranho,né ? Mas…o que a gente não faz para ganhar um dinheirinho extra ? Deixei minha pose de rainha de lado e fui a luta. Joguei mesmo! E na maior cara de pau sorri polidamente para todos que estavam dentro da padaria. Em se tratando de jogo de bicho,não tem diferenças de classe não…todo mundo é igual. Lasquei vinte reais nas dezenas da cachorrada toda.
Corujinha ( o receptor de palpites ) tentou ser gentil,explicando tudo e sorrindo o tempo todo.
- O palpite é bom moça. Mas se não der cachorro hoje,pode dar amanhã…
- Heim ? perguntei. Como assim ?
- É assim que funciona…as vezes o bicho do sonho sai no dia seguinte.
- Impossível ! arrematei. E o tal deputado? Dois cachorros no mesmo sonho…demais né.
Corujinha coçou a cabeça intrigado,disfarçou um sorriso amarelo e mandou que eu voltasse a tardezinha para pegar o resultado.
Dito e feito. Cinco horas da tarde,voltei lá,na esquina da iniciação. Procurei Corujinha para saber o resultado e fiquei pasma…tinha dado macaco.
- Desculpe perguntar,disse Corujinha curioso.…Mas qual o nome do nobre politico que a senhora sonhou ?
Respondi discretamente o nome do tal politico e ouvi a seguinte justificativa.
- Bateu ! Se senhora tivesse dito o nome do indivíduo antes,eu teria lhe indicado que jogasse no macaco na cabeça. Cachorro é símbolo de fidelidade,amor incondicional,confiança e amizade. Não combina com o perfil político do fulano. Já o macaco…
- Hã..? como assim? perguntei confusa.
- Simples…complementou Corujinha. Macaco é ardiloso,enganador e sagaz.Macaco é velhaco com os companheiros do bando.Macaco,é esperto e manhoso.Macaco é inteligente até para roubar turistas. Macaco é finório e usurpador…portanto…
Fiquei besta com a riqueza de sinonimos no vocabulario de Corujinha ( um homem extremamente simples ) e seu conhecimento sobre as características dos animais.
Éééé…parece que jogar no bicho exige uma intuição mística apurada,além de conhecimento sobre algumas figuras políticas desse pais ( e também dos animais ) Vou ter que me empenhar com afinco,para dominar os labirintos obscuros que permeiam os palpites no jogo do bicho ( lendo inclusive as páginas sobre política e políticos, nos jornais e revistas )
Na minha pureza de iniciante,achei que bastava um palpite bom para jogar.Mas não é assim não. Tem que estar bem informada e atualizada com tudo que acontece ao redor. E uma pitada de sarcasmo e de maldade na interpretação dos sonhos,também ajuda muito. Dá uma temperada na história e aumenta a chance de ganhar.
Já tá decidido...da próxima vez que sonhar com um dos " hóme " lá de Brasília de novo,boto dé real nas mãos de Corujinha e ordeno incontinente :
- Joga na macacada toda.
* PenhaBoselli* / 2015
Para quem não sabe ou não está habituado com jogo de bicho,informo que cachorro corresponde as dezenas 17-18-19 e 20.
Escrevi meus números na palma da mão e caminhei firme em direção ao místico mundo dos sonhos e suas infinitas possibilidades. Procurei lá na esquina da padaria um tal de Corujinha,responsável pela colheita dos palpites,e expliquei que apesar de leiga,eu tinha tido uma sogra ( in memoriam,que Deus a tenha ) que jogava muito no bicho,sempre com palpites auspiciosos que lhe rendiam um bom dinheirinho.
Corujinha anotou atentamente os números gravados na palma da minha mão,me entregou o comprovante da aposta,e me colocou a par do sorteio,horario,resultados etc…ou seja…tive uma iniciação rápida no mundo da jogatina mais popular do Brasil ali mesmo,na rua,na esquina de uma antiga padaria do bairro.
Estava me sentindo importante,mas também um pouco constrangida. Eu em pé ali na padaria,com a mão aberta para um homem que anotava números em um caderninho suspeito,cercada de motoristas de táxi,pedreiros,encanadores,gente simples que presta serviço no bairro,sentados num balcão para lanche,café,almoço rápido…meio estranho,né ? Mas…o que a gente não faz para ganhar um dinheirinho extra ? Deixei minha pose de rainha de lado e fui a luta. Joguei mesmo! E na maior cara de pau sorri polidamente para todos que estavam dentro da padaria. Em se tratando de jogo de bicho,não tem diferenças de classe não…todo mundo é igual. Lasquei vinte reais nas dezenas da cachorrada toda.
Corujinha ( o receptor de palpites ) tentou ser gentil,explicando tudo e sorrindo o tempo todo.
- O palpite é bom moça. Mas se não der cachorro hoje,pode dar amanhã…
- Heim ? perguntei. Como assim ?
- É assim que funciona…as vezes o bicho do sonho sai no dia seguinte.
- Impossível ! arrematei. E o tal deputado? Dois cachorros no mesmo sonho…demais né.
Corujinha coçou a cabeça intrigado,disfarçou um sorriso amarelo e mandou que eu voltasse a tardezinha para pegar o resultado.
Dito e feito. Cinco horas da tarde,voltei lá,na esquina da iniciação. Procurei Corujinha para saber o resultado e fiquei pasma…tinha dado macaco.
- Desculpe perguntar,disse Corujinha curioso.…Mas qual o nome do nobre politico que a senhora sonhou ?
Respondi discretamente o nome do tal politico e ouvi a seguinte justificativa.
- Bateu ! Se senhora tivesse dito o nome do indivíduo antes,eu teria lhe indicado que jogasse no macaco na cabeça. Cachorro é símbolo de fidelidade,amor incondicional,confiança e amizade. Não combina com o perfil político do fulano. Já o macaco…
- Hã..? como assim? perguntei confusa.
- Simples…complementou Corujinha. Macaco é ardiloso,enganador e sagaz.Macaco é velhaco com os companheiros do bando.Macaco,é esperto e manhoso.Macaco é inteligente até para roubar turistas. Macaco é finório e usurpador…portanto…
Fiquei besta com a riqueza de sinonimos no vocabulario de Corujinha ( um homem extremamente simples ) e seu conhecimento sobre as características dos animais.
Éééé…parece que jogar no bicho exige uma intuição mística apurada,além de conhecimento sobre algumas figuras políticas desse pais ( e também dos animais ) Vou ter que me empenhar com afinco,para dominar os labirintos obscuros que permeiam os palpites no jogo do bicho ( lendo inclusive as páginas sobre política e políticos, nos jornais e revistas )
Na minha pureza de iniciante,achei que bastava um palpite bom para jogar.Mas não é assim não. Tem que estar bem informada e atualizada com tudo que acontece ao redor. E uma pitada de sarcasmo e de maldade na interpretação dos sonhos,também ajuda muito. Dá uma temperada na história e aumenta a chance de ganhar.
Já tá decidido...da próxima vez que sonhar com um dos " hóme " lá de Brasília de novo,boto dé real nas mãos de Corujinha e ordeno incontinente :
- Joga na macacada toda.
* PenhaBoselli* / 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
BOLO DE MEL
Perdi a conta de quantos anos fiquei sem fazer o meu delicioso e especialíssimo bolo de mel. Esse bolo exala um aroma de mel tão bom quando está assando ,que as pessoas que passam pelo meu andar ( dentro do elevador ) ficam extasiadas. Uma vez escutei um comentário assim :
- Meu Deus que cheiro delicioso ! De onde vem isso ?
Durante anos meus filhos levaram para a escola,lanche com pedaços desse bolo…adoravam . Hoje entrei na cozinha para faze-lo novamente. Demorei mais tempo que o necessário,porque
nem me lembrava mais quais eram os procedimentos da receita. Incrível como a gente esquece as coisas. Depois de quinze minutos no forno,o bolo exalava perfume de mel pelo apartamento inteiro.
Sinto-me feliz e satisfeita por ter uma receita de bolo tão especial ( herança da sogra ) que ninguém conhece. Segredo de família.
As amigas que se reuniram aqui em casa ao redor da mesa, para uma sessão de Tarot,se fartaram de tanto comer o meu bolo de mel.
Como é que a gente se afasta de coisas tão boas da vida ?
Deixei de fazer o bolo porque meus filhos cresceram? Por que a filha mais velha resolveu fazer regime ? Porque me envolvi com situações e pessoas na vida,sem afinidade nenhuma com culinária ? Por que entrei em depressão ? Por que desviei meus interesses para assuntos mais contemplativos e menos reais ? Não importa o motivo. Mesmo quando queremos romper vínculos com o passado ( para esquecer situações tristes ou decepcionantes que nos fizeram sofrer ) não justifica que as coisas boas e gostosas que fizeram parte desse passado,também sejam deixadas de lado.E isso inclue um delicioso bolo de mel.
A partir de hoje,vou retomar algumas atividades culinárias que ficaram esquecidas no tempo,começando pelas receitas que sempre deram certo e que meus filhos adoravam. Exemplo ? A torta salgada de salsa e cebolinha. E para os meus netos,ainda essa semana,o delicioso e inigualável bolo de mel,que ressuscitou em tempo feliz,de um longínquo passado que não volta mais.
*PenhaBoselli* / 2015
- Meu Deus que cheiro delicioso ! De onde vem isso ?
Durante anos meus filhos levaram para a escola,lanche com pedaços desse bolo…adoravam . Hoje entrei na cozinha para faze-lo novamente. Demorei mais tempo que o necessário,porque
nem me lembrava mais quais eram os procedimentos da receita. Incrível como a gente esquece as coisas. Depois de quinze minutos no forno,o bolo exalava perfume de mel pelo apartamento inteiro.
Sinto-me feliz e satisfeita por ter uma receita de bolo tão especial ( herança da sogra ) que ninguém conhece. Segredo de família.
As amigas que se reuniram aqui em casa ao redor da mesa, para uma sessão de Tarot,se fartaram de tanto comer o meu bolo de mel.
Como é que a gente se afasta de coisas tão boas da vida ?
Deixei de fazer o bolo porque meus filhos cresceram? Por que a filha mais velha resolveu fazer regime ? Porque me envolvi com situações e pessoas na vida,sem afinidade nenhuma com culinária ? Por que entrei em depressão ? Por que desviei meus interesses para assuntos mais contemplativos e menos reais ? Não importa o motivo. Mesmo quando queremos romper vínculos com o passado ( para esquecer situações tristes ou decepcionantes que nos fizeram sofrer ) não justifica que as coisas boas e gostosas que fizeram parte desse passado,também sejam deixadas de lado.E isso inclue um delicioso bolo de mel.
A partir de hoje,vou retomar algumas atividades culinárias que ficaram esquecidas no tempo,começando pelas receitas que sempre deram certo e que meus filhos adoravam. Exemplo ? A torta salgada de salsa e cebolinha. E para os meus netos,ainda essa semana,o delicioso e inigualável bolo de mel,que ressuscitou em tempo feliz,de um longínquo passado que não volta mais.
*PenhaBoselli* / 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
QUERO CONVERSAR COM O CÉU
Quero conversar com os Anjos e com todos os seres espirituais que habitam as esferas superiores de Luz. Quero ficar téti a téti com os Mestres da Grande Fraternidade Branca e com meu Anjo Guardião,mas tudo isso sem desencarnar. Ou seja…quero estar bem viva de carne e osso,mesmo estando com eles. Será que isso é possível ?
Talvez eu desenvolva algum método novo de conexão com mundo espiritual,que abranja não só o sexto sentido e as energias do coração,mas também uma conversa real,de fala e discurso tão comum entre nós humanos. Será que isso e possível ?
Pensou ? A humanidade conversando normalmente com mestres,guias,mentores,anjos,arcanjos e a turma toda lá de cima,sem precisar desencarnar ? Háá…ia ser divino…ia ser muito bom !
Mas enquanto isso não acontece,temos que nos dar por satisfeitos com esse diálogo silencioso,onde a alma fala,o pensamento se eleva e os lábios apenas balbuciam preces leves e devotas.
Se isso pudesse acontecer de verdade,o que será que eles nos diriam ? Qual seria o teor da conversa ?
Compaixão? Amor? Fé ? Força ? Caridade ? Esperança ? Piedade ? Gratidão ?
Fico pensando aqui comigo,se esse contato miraculoso poderia mudar o destino da humanidade. Mas quando lembro que um deles já esteve conosco e foi desacreditado,pouca gente lhe deu ouvidos e outros ainda o mataram,penso que é melhor as coisas continuarem como são. O risco é muito grande. Os Anjos poderão ser depenados,os Mestres obrigados sob tortura a compartilhar o conhecimento com governos fanáticos, e os espíritos de Luz aprisionados em poços profundos,na mais absoluta escuridão.Não…melhor deixar que as coisas continuem assim. Falemos com eles pelo canal mais seguro e infalível : o coração. Conversar com o céu “in box “,é gratificante,é eficaz e nos traz alívio imediato.O entendimento se manifesta por intuição,arrepios no corpo,imagens de símbolos e cores e - quase sempre - nos proporciona um estado de paz profunda.
Creio que essa ainda é a melhor maneira de conversar com o céu.
*PenhaBoselli* /maat 2015
Talvez eu desenvolva algum método novo de conexão com mundo espiritual,que abranja não só o sexto sentido e as energias do coração,mas também uma conversa real,de fala e discurso tão comum entre nós humanos. Será que isso e possível ?
Pensou ? A humanidade conversando normalmente com mestres,guias,mentores,anjos,arcanjos e a turma toda lá de cima,sem precisar desencarnar ? Háá…ia ser divino…ia ser muito bom !
Mas enquanto isso não acontece,temos que nos dar por satisfeitos com esse diálogo silencioso,onde a alma fala,o pensamento se eleva e os lábios apenas balbuciam preces leves e devotas.
Se isso pudesse acontecer de verdade,o que será que eles nos diriam ? Qual seria o teor da conversa ?
Compaixão? Amor? Fé ? Força ? Caridade ? Esperança ? Piedade ? Gratidão ?
Fico pensando aqui comigo,se esse contato miraculoso poderia mudar o destino da humanidade. Mas quando lembro que um deles já esteve conosco e foi desacreditado,pouca gente lhe deu ouvidos e outros ainda o mataram,penso que é melhor as coisas continuarem como são. O risco é muito grande. Os Anjos poderão ser depenados,os Mestres obrigados sob tortura a compartilhar o conhecimento com governos fanáticos, e os espíritos de Luz aprisionados em poços profundos,na mais absoluta escuridão.Não…melhor deixar que as coisas continuem assim. Falemos com eles pelo canal mais seguro e infalível : o coração. Conversar com o céu “in box “,é gratificante,é eficaz e nos traz alívio imediato.O entendimento se manifesta por intuição,arrepios no corpo,imagens de símbolos e cores e - quase sempre - nos proporciona um estado de paz profunda.
Creio que essa ainda é a melhor maneira de conversar com o céu.
*PenhaBoselli* /
segunda-feira, 13 de abril de 2015
A PODA
Acordei assustada,com o coração saltando pela boca. Que barulho ensurdecedor era esse ? E em pleno domingo as oito horas da manhã ?
Pulei da cama e espiei pela janela. Dois caminhões enormes da prefeitura e com escadas compridas como de bombeiros,dividiam entre si a rua aqui da frente do prédio. Estavam dando início a uma poda de árvores que ( para meu desespero ) duraria o dia todo .
O barulho das motos serra era infernal. Impossível conseguir isolá-lo em qualquer lugar do apartamento aonde eu estivesse. Enquanto tomava meu café,visualizei em memória o tamanho das arvores aqui da rua. Sem duvida…seria trabalho para um dia inteiro. A poda não ia ser fácil.
Quem estava fora do lugar ? as árvores ? ou os fios elétricos ?
Penso que, no meio da mata e dos campos,árvores de grande porte não são problema nenhum. Já nos centros urbanos…
Resumindo a história : tomei café,almocei e lanchei com fundo musical pior que conjunto de rock pauleira ( nada contra,mas não gosto ) ok ? Direito meu.
Conforme as horas do dia foram passando,eu já não escutava mais as serras elétricas nos troncos e galhos das arvores. Das duas uma : ou meus ouvidos se acostumaram com os ruidos,ou eu já estava surda e não sabia.
Agora,cinco horas da tarde,com a calçada do lado de lá do asfalto,já esvaziada de ramos e galhos,percebo uma movimentação de pássaros voando atarantados,que me faz lembrar Alfred Hitchcock em um dos seus filmes de suspense.
Penso eu que essa poda ( selvagem mas necessária ) desalojou muitas famílias de pombos,bem te vis,beija flores,pardais e sabias castanhos. Desesperados,os passarinhos voaram todos para o lado de cá da rua,se amoitando em bandos nas três arvores aqui do meu prédio,e que ficam em frente as janelas do meu apartamento.
Abestalhada com tanta passarinhada piando,chilreando e pipilando nos galhos das minhas arvores,senti alegria e compaixão ao mesmo tempo. Fiquei triste pelo desamparo dos bichinhos indefesos,mas também senti uma alegria enorme por te-los tão perto de mim aqui na janela,quase ao alcance das mãos.
Espero que esses passarinhos, encontrem novas arvores e um novo lar bem rapidamente. Quero pensar assim,para que assim seja .
* PenhaBoselli * / 2015
Pulei da cama e espiei pela janela. Dois caminhões enormes da prefeitura e com escadas compridas como de bombeiros,dividiam entre si a rua aqui da frente do prédio. Estavam dando início a uma poda de árvores que ( para meu desespero ) duraria o dia todo .
O barulho das motos serra era infernal. Impossível conseguir isolá-lo em qualquer lugar do apartamento aonde eu estivesse. Enquanto tomava meu café,visualizei em memória o tamanho das arvores aqui da rua. Sem duvida…seria trabalho para um dia inteiro. A poda não ia ser fácil.
Quem estava fora do lugar ? as árvores ? ou os fios elétricos ?
Penso que, no meio da mata e dos campos,árvores de grande porte não são problema nenhum. Já nos centros urbanos…
Resumindo a história : tomei café,almocei e lanchei com fundo musical pior que conjunto de rock pauleira ( nada contra,mas não gosto ) ok ? Direito meu.
Conforme as horas do dia foram passando,eu já não escutava mais as serras elétricas nos troncos e galhos das arvores. Das duas uma : ou meus ouvidos se acostumaram com os ruidos,ou eu já estava surda e não sabia.
Agora,cinco horas da tarde,com a calçada do lado de lá do asfalto,já esvaziada de ramos e galhos,percebo uma movimentação de pássaros voando atarantados,que me faz lembrar Alfred Hitchcock em um dos seus filmes de suspense.
Penso eu que essa poda ( selvagem mas necessária ) desalojou muitas famílias de pombos,bem te vis,beija flores,pardais e sabias castanhos. Desesperados,os passarinhos voaram todos para o lado de cá da rua,se amoitando em bandos nas três arvores aqui do meu prédio,e que ficam em frente as janelas do meu apartamento.
Abestalhada com tanta passarinhada piando,chilreando e pipilando nos galhos das minhas arvores,senti alegria e compaixão ao mesmo tempo. Fiquei triste pelo desamparo dos bichinhos indefesos,mas também senti uma alegria enorme por te-los tão perto de mim aqui na janela,quase ao alcance das mãos.
Espero que esses passarinhos, encontrem novas arvores e um novo lar bem rapidamente. Quero pensar assim,para que assim seja .
* PenhaBoselli * / 2015
domingo, 12 de abril de 2015
DOMINGO DIFERENTE
Justamente porque não sigo determinadas regras ( padrão de comportamento ) como as outras pessoas,estou aqui na cozinha preparando ovos mexidos com chuchu,arroz integral e sorobô deontê. Isso seria normal, se fosse dia de semana comum,mas hoje é domingo,e domingo capitalista pede para ir ao shopping,ou a algum “point” gastronômico qualquer ( aguardando na fila de espera ) como eu mesma fiz por muitos anos quando meus filhos eram pequenos.
Lembro que a gente comia tanto petisco aguardando a vez,que quando conseguíamos sentar em uma mesa para pedir o almoço,a fome já tinha ido embora.
Depois de varias crises existenciais ( todo ser humano normal sempre tem uma,ou vai passar por ela ) descobri que atravessar os domingos e fins de semana fazendo cursos esotéricos, tipo reiki,taro,astrologia,etc… era bem melhor. Mas com o tempo os cursos também não me preencheram o vazio,e eu me mantinha cada vez mais afastada de costumes e passeios coletivos,tipo rebanho,boiada,etc…
Descobri então que sou uma solitária assumida,incorrigível,e chata…será ?
O fato é que sou feliz como sou ( e não como estou,heim!…) e por isso estou me sentindo plenamente realizada, por estar na minha casa, no recôndito do lar,fazendo ovos fritos ou mexidos com arroz integral,saladinha básica de folhas verdes,em companhia de um filho que também detesta o esquemão de domingo imposto pelo sistema.
Eu estou onde estou,porque esse é o meu lugar. As paisagens podem ser diferentes ( eu em Sampa e outra pessoa no sitio da montanha ) mas a distancia é aparente.
Infelizmente,acabamos procurando a paz com o céu e a terra,só depois de termos vivenciado dolorosas e angustiantes experiencias pessoais.Evoluimos pela dor,pelo desapego imposto inesperamdamente. Caminhamos em direção ao que é bom para a alma,justamente quando ela se decepciona…paradoxo?
Questiono os que me criticam. Por que não, ovo com salada em pleno domingo ? Por que não, o aconchego da casa e do quarto,em pleno domingo, quando tantos procuram movimentos em excesso e uma vida frisson logo no primeiro dia da semana ?Por que não,ficar quieta em casa,justamente quando todo mundo busca movimento e novidades "fora de casa "? Principalmente nos feriados?
As descobertas que experenciamos, decorrentes do isolamento introspectivo e quietude,são indescritíveis. Só quem viver saberá .
*PenhaBoselli / 2015
Depois de varias crises existenciais ( todo ser humano normal sempre tem uma,ou vai passar por ela ) descobri que atravessar os domingos e fins de semana fazendo cursos esotéricos, tipo reiki,taro,astrologia,etc… era bem melhor. Mas com o tempo os cursos também não me preencheram o vazio,e eu me mantinha cada vez mais afastada de costumes e passeios coletivos,tipo rebanho,boiada,etc…
Descobri então que sou uma solitária assumida,incorrigível,e chata…será ?
O fato é que sou feliz como sou ( e não como estou,heim!…) e por isso estou me sentindo plenamente realizada, por estar na minha casa, no recôndito do lar,fazendo ovos fritos ou mexidos com arroz integral,saladinha básica de folhas verdes,em companhia de um filho que também detesta o esquemão de domingo imposto pelo sistema.
Eu estou onde estou,porque esse é o meu lugar. As paisagens podem ser diferentes ( eu em Sampa e outra pessoa no sitio da montanha ) mas a distancia é aparente.
Infelizmente,acabamos procurando a paz com o céu e a terra,só depois de termos vivenciado dolorosas e angustiantes experiencias pessoais.Evoluimos pela dor,pelo desapego imposto inesperamdamente. Caminhamos em direção ao que é bom para a alma,justamente quando ela se decepciona…paradoxo?
Questiono os que me criticam. Por que não, ovo com salada em pleno domingo ? Por que não, o aconchego da casa e do quarto,em pleno domingo, quando tantos procuram movimentos em excesso e uma vida frisson logo no primeiro dia da semana ?Por que não,ficar quieta em casa,justamente quando todo mundo busca movimento e novidades "fora de casa "? Principalmente nos feriados?
As descobertas que experenciamos, decorrentes do isolamento introspectivo e quietude,são indescritíveis. Só quem viver saberá .
*PenhaBoselli / 2015
EU E A MÁQUINA
Minha filha subiu pelo elevador,levando meu netinho em uma cadeira de rodas preta.Aliviadas com o resultado do exame de sangue,que não tinha acusado nenhuma bactéria,agora meu netinho ia passar pela ultrassonografia da perna direita e quadril.para ver a origem da dor.
Fui impedida de ir junto como acompanhante ( regra do laboratório ) portanto teria que aguardar no saguão do térreo.
Sou uma pessoa que aposta na idéia de que todo tempo tem que ser aproveitado,e que sempre podemos produzir ou aprender algo de útil,independente da ocasião.Assim pensando,pedi aos funcionários da casa,que me mostrassem uma parede com tomada para carregar o celular, e me acomodei em uma ampla e confortável poltrona.
Ocorre que ao levantar a cabeça do celular que estava em minhas mãos,vi uma geladeira recheada de sucos, refrigerantes e bolachas bem á minha frente. Uma máquina vendedora,daquelas que a gente enfia o dinheiro e cai a mercadoria. Óbvio que a minha criança interior ( muito curiosa por sinal ) imediatamente se assanhou com questionamentos tipo: como será que funciona ? Como será que coloca o dinheiro ? Como escolho o suquinho? Será que tenho moedas ? Será que fica chato pedir ajuda para uma das mocinhas ali do balcão ?
Não resisti.Quando dei por mim já estava pedindo para a jovem do balcão me explicar tim tim por tim tim,como lidar com a máquina.
Saquei as moedas necessárias da bolsa e escolhi o produto ( um suquinho de pêssego ) bem mais caro que no mercado,por sinal.
Hááá…doce vitória.A ação foi muito bem sucedida e o suquinho rolou máquina abaixo,até a gaveta próxima ao chão. A mocinha que tinha me auxiliado,sorriu satisfeita e se afastou polidamente.
Hora…pensei…por que não mais uma vez ? Agora um pacotinho de bolacha. Eu estava confiante e me sentindo independente ( na verdade estava me divertindo como uma criança ) Não precisava de mais ninguém ao meu lado,explicando como fazer.
Decidida,coloquei as moedas correspondentes ao preço da bolacha,apertei o código e empurrei o botão. Mas…alguma coisa deu errado…o barulho que a máquina fez parecia diferente,a bolacha não se mexeu e nem caiu para baixo,em direção á gaveta. Ouvi o som metálico das moedas, rolando por dentro da máquina mais tempo que o necessário.
E agora ? Será que eu errei alguma coisa ? Será que apertei algum botão errado ? Coloquei dinheiro a mais ? A menos ? Comecei a ficar aflita…Olhei para os lados disfarçadamente para ver se tinha alguém me observando ou vendo meus movimentos e minha cara de uai…
Nisso,uma moça com touca branca na cabeça e uniforme azul marinho,entrou por uma porta que eu não tinha notado e, com um molho de chaves enormes nas mãos,aproximou-se da máquina,abriu todas as gavetas e vidros da geladeira de ferro,e comentou discretamente :
- Quebrou de novo minha filha ? Porque você insiste em não soltar as bolachas ? Assim não dá…
Fiquei observando a intimidade da mulher com a máquina. Pareciam velhas conhecidas,quase amigas.
- Senhora…essas moedas aqui são suas ? A moça estendeu a mão me oferecendo as moedas de caça bolacha que eu tinha usado ainda a pouco.
Peguei as moedas e voltei aliviada para a minha poltrona. Ufa…! Eu fiz tudo certinho sim,não tinha motivo para constrangimento…a máquina é que estava quebrada. Quebrada ? ou revoltada ?
*PenhaBoselli* / 2015
Fui impedida de ir junto como acompanhante ( regra do laboratório ) portanto teria que aguardar no saguão do térreo.
Sou uma pessoa que aposta na idéia de que todo tempo tem que ser aproveitado,e que sempre podemos produzir ou aprender algo de útil,independente da ocasião.Assim pensando,pedi aos funcionários da casa,que me mostrassem uma parede com tomada para carregar o celular, e me acomodei em uma ampla e confortável poltrona.
Ocorre que ao levantar a cabeça do celular que estava em minhas mãos,vi uma geladeira recheada de sucos, refrigerantes e bolachas bem á minha frente. Uma máquina vendedora,daquelas que a gente enfia o dinheiro e cai a mercadoria. Óbvio que a minha criança interior ( muito curiosa por sinal ) imediatamente se assanhou com questionamentos tipo: como será que funciona ? Como será que coloca o dinheiro ? Como escolho o suquinho? Será que tenho moedas ? Será que fica chato pedir ajuda para uma das mocinhas ali do balcão ?
Não resisti.Quando dei por mim já estava pedindo para a jovem do balcão me explicar tim tim por tim tim,como lidar com a máquina.
Saquei as moedas necessárias da bolsa e escolhi o produto ( um suquinho de pêssego ) bem mais caro que no mercado,por sinal.
Hááá…doce vitória.A ação foi muito bem sucedida e o suquinho rolou máquina abaixo,até a gaveta próxima ao chão. A mocinha que tinha me auxiliado,sorriu satisfeita e se afastou polidamente.
Hora…pensei…por que não mais uma vez ? Agora um pacotinho de bolacha. Eu estava confiante e me sentindo independente ( na verdade estava me divertindo como uma criança ) Não precisava de mais ninguém ao meu lado,explicando como fazer.
Decidida,coloquei as moedas correspondentes ao preço da bolacha,apertei o código e empurrei o botão. Mas…alguma coisa deu errado…o barulho que a máquina fez parecia diferente,a bolacha não se mexeu e nem caiu para baixo,em direção á gaveta. Ouvi o som metálico das moedas, rolando por dentro da máquina mais tempo que o necessário.
E agora ? Será que eu errei alguma coisa ? Será que apertei algum botão errado ? Coloquei dinheiro a mais ? A menos ? Comecei a ficar aflita…Olhei para os lados disfarçadamente para ver se tinha alguém me observando ou vendo meus movimentos e minha cara de uai…
Nisso,uma moça com touca branca na cabeça e uniforme azul marinho,entrou por uma porta que eu não tinha notado e, com um molho de chaves enormes nas mãos,aproximou-se da máquina,abriu todas as gavetas e vidros da geladeira de ferro,e comentou discretamente :
- Quebrou de novo minha filha ? Porque você insiste em não soltar as bolachas ? Assim não dá…
Fiquei observando a intimidade da mulher com a máquina. Pareciam velhas conhecidas,quase amigas.
- Senhora…essas moedas aqui são suas ? A moça estendeu a mão me oferecendo as moedas de caça bolacha que eu tinha usado ainda a pouco.
Peguei as moedas e voltei aliviada para a minha poltrona. Ufa…! Eu fiz tudo certinho sim,não tinha motivo para constrangimento…a máquina é que estava quebrada. Quebrada ? ou revoltada ?
*PenhaBoselli* / 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
PASTEL COM GARAPA
Foram tantas mudanças na minha vida,que passei anos sem frequentar a feira da minha rua aqui em Sampa. Por inúmeros motivos que a vida traz,deixei de frequentar a feira que me serviu por tantos anos,quando meus filhos eram pequenos. Toda sexta feira de manhã,eu passava de barraca em barraca,buscando frutas,legumes e verduras para semana toda. As vezes levava pastel com garapa para a molecada.
Meus filhos frequentavam essa feira desde pequenos,porque iam comigo dentro do carrinho quando eram bebes,e mais tarde andando comigo de mãos dadas. Criança gosta de feira e se diverte,porque sempre tem coisas interessantes para as mães comprarem: laços,fitinhas,fivelas,bexigas,bijuterias,bolas,etc…
O tempo seguiu seu curso,meus filhos cresceram,a vida mudou, e a feira ficou esquecida em algum lugar do passado. Nesta semana,resolvi dar um pulo até a feira em busca de pastel ( almoço rápido e garantido ) para substituir o arroz com feijão. Bateu saudade do pastel de feira,que por muitos anos me quebrou o galho no passado.
Fiquei tanto tempo afastada da feira,que notei o quanto as coisas podem mudar com o passar dos anos. Percebi que a feira,sofreu uma metamorfose impressionante. Ficou mais curta,bem mais afastada do meu prédio,com poucas barracas e quase nada de bijuterias e brinquedos.Ou seja…a feira encolheu…murchou.
As barracas de pastéis continuam firmes,mantendo o burburinho alegre de gente feliz. Mas notei que os feirantes não gritam tanto como antigamente no ato de oferecer suas mercadorias. São mais discretos,menos teatrais.
Dei falta da barraca de peixe,sempre tão procurada e notada,inclusive por causa do cheiro.
- Estão descansando da Páscoa,disse o homem da batata. Essa semana eles não vem.
Então me lembrei de um passado distante,quando aquele peixeiro de avental branco,se aproximou de mim, com minha filha de dois aninhos no colo.
- É essa a menininha que a senhora procura ? Estava na minha barraca, passando a mão nas escamas do pintado e brincando com os bigodes dos camarões,enquanto a senhora continuou andando e foi embora.
Eu já havia corrido a feira inteira gritando feito louca o nome da minha filha,e já estava a ponto de desmaiar,quando o Santo Peixeiro apareceu com Ana Candida no colo. Pela primeira vez na vida,abracei um homem inteiro lambuzado de peixe,da cabeça até os pés. Até hoje,cheiro de peixe me remete a dualidade de emoções : alívio e esperança de noticias auspiciosas,misturado com sensação de angustia e desespero.
Agora…sentada aqui, na barraca de pasteis,depois de tantos anos passado ( mais de vinte ) me lembrei dos momentos felizes e angustiantes vividos no burburinho dessa feira. Decidi que semana que vem volto aqui,mas não apenas para degustar pastéis. Quero voltar para caminhar em paz,sem pressa,sem medo de perder a filha ( hoje com 32 anos ) e sem medo de sentir medo ao caminhar ( sintoma de uma síndrome de pânico que me imobilizou os movimentos por tantos anos ).
O tempo passou,meus filhos cresceram,eu envelheci…mas a feira da rua ( mesmo com poucas barracas ) continua com cheiro e sabor de vida,com pessoas sorridentes e falantes,acenando com a promessa de um futuro tão gostoso,como pastel com garapa.
*PenhaBoselli*/ 2105
Meus filhos frequentavam essa feira desde pequenos,porque iam comigo dentro do carrinho quando eram bebes,e mais tarde andando comigo de mãos dadas. Criança gosta de feira e se diverte,porque sempre tem coisas interessantes para as mães comprarem: laços,fitinhas,fivelas,bexigas,bijuterias,bolas,etc…
O tempo seguiu seu curso,meus filhos cresceram,a vida mudou, e a feira ficou esquecida em algum lugar do passado. Nesta semana,resolvi dar um pulo até a feira em busca de pastel ( almoço rápido e garantido ) para substituir o arroz com feijão. Bateu saudade do pastel de feira,que por muitos anos me quebrou o galho no passado.
Fiquei tanto tempo afastada da feira,que notei o quanto as coisas podem mudar com o passar dos anos. Percebi que a feira,sofreu uma metamorfose impressionante. Ficou mais curta,bem mais afastada do meu prédio,com poucas barracas e quase nada de bijuterias e brinquedos.Ou seja…a feira encolheu…murchou.
As barracas de pastéis continuam firmes,mantendo o burburinho alegre de gente feliz. Mas notei que os feirantes não gritam tanto como antigamente no ato de oferecer suas mercadorias. São mais discretos,menos teatrais.
Dei falta da barraca de peixe,sempre tão procurada e notada,inclusive por causa do cheiro.
- Estão descansando da Páscoa,disse o homem da batata. Essa semana eles não vem.
Então me lembrei de um passado distante,quando aquele peixeiro de avental branco,se aproximou de mim, com minha filha de dois aninhos no colo.
- É essa a menininha que a senhora procura ? Estava na minha barraca, passando a mão nas escamas do pintado e brincando com os bigodes dos camarões,enquanto a senhora continuou andando e foi embora.
Eu já havia corrido a feira inteira gritando feito louca o nome da minha filha,e já estava a ponto de desmaiar,quando o Santo Peixeiro apareceu com Ana Candida no colo. Pela primeira vez na vida,abracei um homem inteiro lambuzado de peixe,da cabeça até os pés. Até hoje,cheiro de peixe me remete a dualidade de emoções : alívio e esperança de noticias auspiciosas,misturado com sensação de angustia e desespero.
Agora…sentada aqui, na barraca de pasteis,depois de tantos anos passado ( mais de vinte ) me lembrei dos momentos felizes e angustiantes vividos no burburinho dessa feira. Decidi que semana que vem volto aqui,mas não apenas para degustar pastéis. Quero voltar para caminhar em paz,sem pressa,sem medo de perder a filha ( hoje com 32 anos ) e sem medo de sentir medo ao caminhar ( sintoma de uma síndrome de pânico que me imobilizou os movimentos por tantos anos ).
O tempo passou,meus filhos cresceram,eu envelheci…mas a feira da rua ( mesmo com poucas barracas ) continua com cheiro e sabor de vida,com pessoas sorridentes e falantes,acenando com a promessa de um futuro tão gostoso,como pastel com garapa.
*PenhaBoselli*/ 2105
quinta-feira, 9 de abril de 2015
QUERO SER RICA
Sim ! Quero ser rica…muito rica.
Tem algum mal querer ser rica ? Quero ser rica e quero compartilhar com outras pessoas a minha riqueza. Quero conhecer as necessidades de cada um e ajudar.
Posso começar pelos membros da família,depois os amigos,e depois as pessoas próximas de mim e que são mais necessitadas…tipo faxineira,passadeira e empregada.
Estão me chamando de louca ? Viajando na Helmanns on line ? Pois fiquem sabendo que,se eu ganhar na loteria,ou herdar uma fortuna( de algum velhinho muuuito rico e apaixonado por mim ) eu vou compartilhar minha fortuna sim.
Claro que tudo no devido tempo. Primeiro eu e minhas necessidades pessoais : meus sonhos,projetos,metas. Depois,os outros.
Agora…enquanto a riqueza não chega,me viro com o que tenho,ou empresto dinheiro do banco sempre que precisar quando a coisa aperta.
Querer ficar rica é um direito meu.Agora…daí a acontecer de fato…são outros quinhentos.Mas estou fazendo meu movimento para que o sonho se realize. Jogo na loteria,na loto fácil,na loto difícil e escambau.
Bicho ? Já joguei em todos : joguei no cavalo,cachorro,burro,no galo e no galinheiro inteiro. Joguei na cabra,no bode,na vaca e no curral inteiro. Joguei no leão,no tigre,no gato,no dente de sabre e tudo quanto é felino que já existiu na face da terra. Joguei no macaco,na macaca,no orangotango e na macacada toda.Até agora nada….
Só falta jogar na cobra. Mas como tenho por hábito, escolher o bicho com palpite em alguém semelhante,fica difícil jogar na cobra. Lembro de tanta gente…de tanta “miga “, que fico na dúvida se jogo na cobra ou no jacaré. Sabe…aquele cascudo de rabo grande,que fica escondidinho embaixo d’ água só com o zóio de fora,esperando a hora certa para dar o bote ? Pois é…
Acho que é por isso que tá difícil “enricar “.
*PenhaBoselli* /maat 2015
Estão me chamando de louca ? Viajando na Helmanns on line ? Pois fiquem sabendo que,se eu ganhar na loteria,ou herdar uma fortuna( de algum velhinho muuuito rico e apaixonado por mim ) eu vou compartilhar minha fortuna sim.
Claro que tudo no devido tempo. Primeiro eu e minhas necessidades pessoais : meus sonhos,projetos,metas. Depois,os outros.
Agora…enquanto a riqueza não chega,me viro com o que tenho,ou empresto dinheiro do banco sempre que precisar quando a coisa aperta.
Querer ficar rica é um direito meu.Agora…daí a acontecer de fato…são outros quinhentos.Mas estou fazendo meu movimento para que o sonho se realize. Jogo na loteria,na loto fácil,na loto difícil e escambau.
Bicho ? Já joguei em todos : joguei no cavalo,cachorro,burro,no galo e no galinheiro inteiro. Joguei na cabra,no bode,na vaca e no curral inteiro. Joguei no leão,no tigre,no gato,no dente de sabre e tudo quanto é felino que já existiu na face da terra. Joguei no macaco,na macaca,no orangotango e na macacada toda.Até agora nada….
Só falta jogar na cobra. Mas como tenho por hábito, escolher o bicho com palpite em alguém semelhante,fica difícil jogar na cobra. Lembro de tanta gente…de tanta “miga “, que fico na dúvida se jogo na cobra ou no jacaré. Sabe…aquele cascudo de rabo grande,que fica escondidinho embaixo d’ água só com o zóio de fora,esperando a hora certa para dar o bote ? Pois é…
Acho que é por isso que tá difícil “enricar “.
*PenhaBoselli* /
segunda-feira, 6 de abril de 2015
NÃO CONSIGO PISAR EM FLORES
Eu andava apressada na rua em
direção ao mercado. Caminhava rápido e ao mesmo tempo cautelosa,por
conta de uma calçada irregular e molhada pela chuva fina que caía sem
parar.
De repente me deparei com cinco metros de um chão salpicado de flores grandes e vermelhas,recém caidas de uma árvore enorme que tem no quarteirão. O vento forte da manhã,havia jogado todas as flores na calçada ,que estava coloridíssima e perigosa.
Eu tinha que passar pelo chão de flores com muito cuidado, para não levar um belo escorregão,e para tanto,teria que me desviar das flores caminhando com presteza e habilidade,tentando evitar de colocar os pés em cima delas.
Flores lindas,molhadas e escorregadias…
Caminhei de maneira tão bizarra ( em zigue e zangue,com as pernas alternadas,dando pulinhos,virando pra lá e pra cá,com os pés cruzados ) que as pessoas,na rua, começaram a olhar para mim como se eu fosse o ser humano mais esquisito do mundo.O pessoal que estava no ponto e ônibus me olhava com sorriso zombeteiro no canto da boca.Outros,me olhavam como se eu fosse louca ; e outros,ainda abanavam a cabeça em sinal de reprovação pela minha caminhada maluca.
O fato é que eu tinha dois motivos para evitar de pisar nas flores caídas : primeiro que o escorregão ia ser feio ; e segundo, que eu realmente não consigo pisar em flores.
Mas…como explicar isso para as pessoas que passavam por mim ? Dei de ombro que nem criança mal criada,e continuei firme.
Estava terminando o circuito das flores,quando ( um dos meninos do mercado,que fazem entrega de compras) pisou em uma delas na calçada e levou o maior tombo,caindo no chão com todas as mercadorias que estavam dentro das sacolas.Todo mundo correu para ajudar,inclusive eu.
Situação constrangedora,mas que veio para demonstrar a todos alí ao redor, que meus cuidados ao andar por entre as flores,tinha razão se ser.
Me senti justificada, quando olhei para aquelas pessoas espantadas e vi ,na expressão facial de cada uma delas,o entendimento e o significado do meu caminhar cauteloso e cambaleante por entre as flores.
*PenhaBoselli* / 2015
De repente me deparei com cinco metros de um chão salpicado de flores grandes e vermelhas,recém caidas de uma árvore enorme que tem no quarteirão. O vento forte da manhã,havia jogado todas as flores na calçada ,que estava coloridíssima e perigosa.
Eu tinha que passar pelo chão de flores com muito cuidado, para não levar um belo escorregão,e para tanto,teria que me desviar das flores caminhando com presteza e habilidade,tentando evitar de colocar os pés em cima delas.
Flores lindas,molhadas e escorregadias…
Caminhei de maneira tão bizarra ( em zigue e zangue,com as pernas alternadas,dando pulinhos,virando pra lá e pra cá,com os pés cruzados ) que as pessoas,na rua, começaram a olhar para mim como se eu fosse o ser humano mais esquisito do mundo.O pessoal que estava no ponto e ônibus me olhava com sorriso zombeteiro no canto da boca.Outros,me olhavam como se eu fosse louca ; e outros,ainda abanavam a cabeça em sinal de reprovação pela minha caminhada maluca.
O fato é que eu tinha dois motivos para evitar de pisar nas flores caídas : primeiro que o escorregão ia ser feio ; e segundo, que eu realmente não consigo pisar em flores.
Mas…como explicar isso para as pessoas que passavam por mim ? Dei de ombro que nem criança mal criada,e continuei firme.
Estava terminando o circuito das flores,quando ( um dos meninos do mercado,que fazem entrega de compras) pisou em uma delas na calçada e levou o maior tombo,caindo no chão com todas as mercadorias que estavam dentro das sacolas.Todo mundo correu para ajudar,inclusive eu.
Situação constrangedora,mas que veio para demonstrar a todos alí ao redor, que meus cuidados ao andar por entre as flores,tinha razão se ser.
Me senti justificada, quando olhei para aquelas pessoas espantadas e vi ,na expressão facial de cada uma delas,o entendimento e o significado do meu caminhar cauteloso e cambaleante por entre as flores.
*PenhaBoselli* / 2015
COMO SE FOSSEMOS UM
Quero que a humanidade se salve.Quero que a humanidade seja feliz !
Quero que o planeta se recupere de todas as maldades, feitas pela raça humana, até hoje.Se até agora,não conseguimos aprender nada com os animais,com os elementais da natureza,com os Mestres que passaram pela Terra,então somos uma raça muito pouco inteligente,sem sensibilidade e sem conexão com o todo universal.
O que atrapalha a humanidade em sua caminhada evolutiva ? É o emocional ? O mental ? O ego ? A alma ? O livre arbítrio ?
Qual é o maior impecilho ( que precisa ser analisado,repensado ) para que a raça humana consiga galgar com mais entusiasmo, patamares superiores em sua evolução espiritual ?
Quando estudo a história da humanidade em livros,contos,cronicas,teses,vejo uma corrente ininterrupta de destruição e auto destruição.Toda nossa história tem uma base destrutiva ( nós entre nós, e nós e o planeta. ) Sendo seres tão inteligente e soberanos,como achamos que somos,por que não conseguimos detectar onde está o erro dessa caminhada,sempre recheada de dores,conflitos e ressentimentos ?
Começo a duvidar de nossas capacidades como seres humanos. Percebo com tristeza profunda que não temos forças suficientes ( falta de vontade…conprometimento ) para mudar o rumo de nossa caminhada na terra. O planeta está visivelmente esgotado e fragilizado. Os animais,desaparecendo do planeta numa proporção assustadora.
A Páscoa vem até nós,com um amplo e profundo significado : esotérico,divino,regenerador…e nos remete á existência da mística Fênix.Mas a idéia de ressurreição adapta-se ás crenças,costumes e culturas de cada povo. Isso não impede que atitudes sejam tomadas rápidamente,para fazer do planeta,um lugar melhor.
Quero acreditar que a humanidade deverá renascer das próprias cinzas. Quero crer que ainda temos tempo de reprogramar o percurso dessa viagem planetária,antes que seja tarde demais.
Não adianta eu acreditar só em mim. Tenho que acreditar em todos. Não adianta sonhar só os meus sonhos,tenho que sonhar o sonho de todos. Tudo tem que ser conectado,compartilhado e dividido como se fossemos um. Acho que esse é o caminho.
*PenhaBoselli* / 2015
Quero que o planeta se recupere de todas as maldades, feitas pela raça humana, até hoje.Se até agora,não conseguimos aprender nada com os animais,com os elementais da natureza,com os Mestres que passaram pela Terra,então somos uma raça muito pouco inteligente,sem sensibilidade e sem conexão com o todo universal.
O que atrapalha a humanidade em sua caminhada evolutiva ? É o emocional ? O mental ? O ego ? A alma ? O livre arbítrio ?
Qual é o maior impecilho ( que precisa ser analisado,repensado ) para que a raça humana consiga galgar com mais entusiasmo, patamares superiores em sua evolução espiritual ?
Quando estudo a história da humanidade em livros,contos,cronicas,teses,vejo uma corrente ininterrupta de destruição e auto destruição.Toda nossa história tem uma base destrutiva ( nós entre nós, e nós e o planeta. ) Sendo seres tão inteligente e soberanos,como achamos que somos,por que não conseguimos detectar onde está o erro dessa caminhada,sempre recheada de dores,conflitos e ressentimentos ?
Começo a duvidar de nossas capacidades como seres humanos. Percebo com tristeza profunda que não temos forças suficientes ( falta de vontade…conprometimento ) para mudar o rumo de nossa caminhada na terra. O planeta está visivelmente esgotado e fragilizado. Os animais,desaparecendo do planeta numa proporção assustadora.
A Páscoa vem até nós,com um amplo e profundo significado : esotérico,divino,regenerador…e nos remete á existência da mística Fênix.Mas a idéia de ressurreição adapta-se ás crenças,costumes e culturas de cada povo. Isso não impede que atitudes sejam tomadas rápidamente,para fazer do planeta,um lugar melhor.
Quero acreditar que a humanidade deverá renascer das próprias cinzas. Quero crer que ainda temos tempo de reprogramar o percurso dessa viagem planetária,antes que seja tarde demais.
Não adianta eu acreditar só em mim. Tenho que acreditar em todos. Não adianta sonhar só os meus sonhos,tenho que sonhar o sonho de todos. Tudo tem que ser conectado,compartilhado e dividido como se fossemos um. Acho que esse é o caminho.
*PenhaBoselli* / 2015
sábado, 4 de abril de 2015
SUGADA NO ASTRAL
Seis e trinta da tarde e eu já estava de
banho tomado e pijama. Sete da noite e eu ja estava de lanche
tomado,dente escovado e na cama : largada,sem energia,como que tivesse
sido energéticamente sugada de canudinho no astral. Affe…tudo que eu
precisava era um ramo de flor de laranjeira para bater no corpo e
recuperar as forças. Tive a sensação que colocaram um tubo de aspirador
de pó perto de mim,e aspiraram toda minha aura. Fui pro quarto e caí na
cama que nem gelatina mole ( quando a gente esquece fora da geladeira ).
Parece que só ficou energia mental circulando corpo…affe! que zica…que desânimo.
Nos cursos que fiz por aí,fala-se muito em “vampiros do astral “. Podem ser pessoas desconhecidas,que cruzam na rua com a gente,uma amiga ou mesmo alguém da família. Nesses encontros ( que não precisam ser necessariamente no plano físico ) a pessoa em pensamento nos esvazia energéticamente,e nem tem consciência disso.
Levantei da cama e fui avaliar na minha área de serviço,como estava meu estoque de ervas vivas ( pensei em fazer um chá que me purificasse de tanta prostração ) mas que tristeza…o vasinho de pé de hortelã estava quase seco, só com duas folhinhas penduradas no galho ; o pezinho de maracujá torcido que nem cipó ( de tão seco ) e uma pimenteira mortinha e sequinha,quase reduzida a pó. Ou seja : minhas ervas vivas estavam todas mortas.
Descartei resignada, a fitoenergética como modalidade de cura e passei para a água. De gole em gole,sistematicamente,fui tomando água de cinco em cinco minutos, e mentalizando que água limpa,cura,purifica e traz vida nova ( no meu caso energia ).
Estou melhor ? Estou…já sinto as energias circulando novamente em mim, e o corpo mais vitalizado.
Duro mesmo, é levantar de meia em meia hora pra fazer xixi.
......................................................PenhaBosell*i / maat 2015
Parece que só ficou energia mental circulando corpo…affe! que zica…que desânimo.
Nos cursos que fiz por aí,fala-se muito em “vampiros do astral “. Podem ser pessoas desconhecidas,que cruzam na rua com a gente,uma amiga ou mesmo alguém da família. Nesses encontros ( que não precisam ser necessariamente no plano físico ) a pessoa em pensamento nos esvazia energéticamente,e nem tem consciência disso.
Levantei da cama e fui avaliar na minha área de serviço,como estava meu estoque de ervas vivas ( pensei em fazer um chá que me purificasse de tanta prostração ) mas que tristeza…o vasinho de pé de hortelã estava quase seco, só com duas folhinhas penduradas no galho ; o pezinho de maracujá torcido que nem cipó ( de tão seco ) e uma pimenteira mortinha e sequinha,quase reduzida a pó. Ou seja : minhas ervas vivas estavam todas mortas.
Descartei resignada, a fitoenergética como modalidade de cura e passei para a água. De gole em gole,sistematicamente,fui tomando água de cinco em cinco minutos, e mentalizando que água limpa,cura,purifica e traz vida nova ( no meu caso energia ).
Estou melhor ? Estou…já sinto as energias circulando novamente em mim, e o corpo mais vitalizado.
Duro mesmo, é levantar de meia em meia hora pra fazer xixi.
......................................................PenhaBosell*i / m
A TEIA
A teia foi armada bem antes que eu tivesse imaginado. Foi
montada com requinte por uma mente doentia e obstinada, que acha que
está fazendo certo e melhor. A teia construída no astral pode ser bem
mais perigosa que qualquer teia construída na terceira dimensão,porque
esta,tem limites ( pode ser vista,tocada,é tangível ) a
outra,estende-se por meandros da obscuridade,envolvendo pessoas
inocentes ou não, que se movimentam achando que estão
certas…certíssimas,mas que não tem a
menor idéia de que estão sendo dirigidas,estão sendo conduzidas a
procederem assim. Já caíram na teia e não se deram conta disso.
A teia no astral foge dos nossos sentidos físicos,não temos controle sobre ela. Essa trama de fios invisíveis,montada por uma mente manipuladora ,nos atinge através de pessoas que ( na sua visão deturpada e embaçada dos fatos ) nos agridem de varias maneiras : nos ignorando,nos provocando,nos desprezando,pisando em nossa auto estima, desvalorizando nossas realizações pessoais,ou até mesmo construindo histórias falsas sobre nossas vidas.
O inocente escapa da teia,porque não consegue enxergar o mal. Sua alma pura é incompatível com as intenções da teia.
O crente ve o mal e a teia ; mas tem fé na salvação Divina e por isso se conforma e não questiona.
O ignorante se envolve com a teia e se compromete com ela; deixando -se usar porque acredita que a teia é a única verdade.
Já o sábio,conhece a teia e suas origens. Por isso mesmo, se mantém cauteloso,prudente, persistente e determinado. Sabe que a teia não resiste ao tempo,e que se desfaz por si só.
*PenhaBoselli* / 2015
A teia no astral foge dos nossos sentidos físicos,não temos controle sobre ela. Essa trama de fios invisíveis,montada por uma mente manipuladora ,nos atinge através de pessoas que ( na sua visão deturpada e embaçada dos fatos ) nos agridem de varias maneiras : nos ignorando,nos provocando,nos desprezando,pisando em nossa auto estima, desvalorizando nossas realizações pessoais,ou até mesmo construindo histórias falsas sobre nossas vidas.
O inocente escapa da teia,porque não consegue enxergar o mal. Sua alma pura é incompatível com as intenções da teia.
O crente ve o mal e a teia ; mas tem fé na salvação Divina e por isso se conforma e não questiona.
O ignorante se envolve com a teia e se compromete com ela; deixando -se usar porque acredita que a teia é a única verdade.
Já o sábio,conhece a teia e suas origens. Por isso mesmo, se mantém cauteloso,prudente, persistente e determinado. Sabe que a teia não resiste ao tempo,e que se desfaz por si só.
*PenhaBoselli* / 2015
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