Acordei enclausurada.
Meu quarto estava normal,absolutamente nada fora do lugar. Ao meu redor tudo aparentava normalidade,e os sons que vinha da rua ( pela janela ) eram os mesmos de toda manhã. Mas havia um porém. Uma tela de corda atravessava todo o quarto de parede a parede,do teto até o chão. Uma luz cor laranja permanecia pendurada em um dos quadrados da rede enigmática. Receosa de levar um choque,aproximei-me vagarosamente da imensa rede de corda,tentando sentir a energia. Aos poucos fui percebendo que a rede não existia. Não na terceira dimensão da matéria,como conhecemos. Era uma rede virtual,holográfica,mas apesar de não densa,desprovida de matéria,não me deixava passar.Constatei que estava prisioneira no meu próprio quarto.
Meu quarto estava normal,absolutamente nada fora do lugar. Ao meu redor tudo aparentava normalidade,e os sons que vinha da rua ( pela janela ) eram os mesmos de toda manhã. Mas havia um porém. Uma tela de corda atravessava todo o quarto de parede a parede,do teto até o chão. Uma luz cor laranja permanecia pendurada em um dos quadrados da rede enigmática. Receosa de levar um choque,aproximei-me vagarosamente da imensa rede de corda,tentando sentir a energia. Aos poucos fui percebendo que a rede não existia. Não na terceira dimensão da matéria,como conhecemos. Era uma rede virtual,holográfica,mas apesar de não densa,desprovida de matéria,não me deixava passar.Constatei que estava prisioneira no meu próprio quarto.
Não
entrei em desespero,porque ao olhar para a luz laranja,intui que a rede
duraria o tempo da luz. Sentei na cama com calma e comecei a respirar
profundamente com os olhos mergulhados na luz. Não vi o tempo passar,nem
sei como ou em que momento a rede desapareceu. Aos poucos ela foi se
dissolvendo,enquanto a luz laranja também se apagava. Saí da meditação
com a sensação de que o ar dentro do quarto era mais leve que o normal,e
que minha alma,também havia se libertado de alguma amarra antiga, onde
estivera presa por eons de tempo em vidas passadas.
Maria da Penha Boselli* / Maat* 2015