quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PIOLHICÍDIO




                                                               PIOLHICÍDIO

Quem diria que depois de velha,acima dos sessenta e cinco eu fosse pegar piolho? Ocorre que netinhos se piolharam lá na escola e acabei pegando.Mas o melhor da história é que fiz grandes descobertas com esse acontecimento,ops...tragédia. Piolhos não gostam de cabelos brancos,porque não são albinos e encontram dificuldades para se camuflarem. Segundo : hoje existem métodos novos de combate á gentalha piolhal,e a tecnologia contribui muito para isso. Por exemplo,nada de cabeça cheirando a vinagre ou uso de touquinhas medievais para impedir que os meliantes pulem de uma cabeça para outra. Hoje temos elasticos coloridos para prender rabos de cavalo ou coques,que dissolvem as energias dos obsessores peludos. São feitos a base de ervas aromáticas naturais,tipo alecrim,erva sidreira etc...Eles desmaiam e caem. Ou temos também esse aparelhinho mágico que serve para pentear o cabelo. Enquanto a gente penteia,a máquina assassina eletrocuta os invasores alienígenas e vai sugando todos os cadáveres para dentro de uma bolsinha . Depois é só a gente desovar no lixo. Tem também as pulseiras coloridas e colares tipo coleira de cachorro ( aquelas que mata pulga ) para usar e espantar as criaturas piolhentas. Ora...por que não ? Se funciona para os cachorros... Eu me livrei fácil. Como disse antes,os minusculos seres não gostam de cabeça branca.Agora...bicho de pé...num sei ! Impinchi também num sei. Só me faltava essa,recordar a infância através das perebas do passado.Pensou? aqueles furúnculos terriveis que se tinha antigamente ? A perna inteira doía e ficava quente de febre.A molecada mal podia andar.
Meu netinho reclamou.Não queria se desfazer dos novos amiguinhos que fizeram da cabeça dele "minha casa minha vida ". Minha filha surtou !
- Mas mamãe,to com dó do Wesley,do Jackson,da Cremilda e da Ketly Jace.Não queria matar eles.
Tá bão pro cê ?
Fuuuui !
                                                           Maria da Penha Boselli* / 2017