ESPERANDO A SEXTA FEIRA 🍹

o pessoal faz um "auê" 

Sampa é uma cidade que tem happy hour praticamente todos os dias da semana. É só passar pelos barzinhos de calçada ou centros gastronômicos que se percebe isso. Os motivos são varios e cada dia da semana tem uma desculpa para o choppinho antes de voltar para casa. No interior também é assim.Parece que a sexta feira ainda é o dia marcante para bares,botecos e saidas mais longas. 

O dia mais tradicional de happy hour aqui em Sampa é a quarta feira,que é pra dar uma quebrada na semana. Parece que se o pessoal não fizer isso,fica mais estressado,mais cansado.É preciso fazer alguma coisa para ficar "up ", dar um tempo .E já que ninguém faz isso meditando ou rezando,que seja bebericando um aperitivo,um torresminho,um choppinho,jogar conversa fora falar mal do chefe,da chefa,dos políticos e das coisas do mundo. Enquanto isso o trânsito começa fluir melhor e voltar para casa fica mais fácil. 

Parece que a sexta  é um dia "mágico " como se coisas muito importantes fossem acontecer. E acontecem claro ! Porque as pessoas saem de casa,se encontram,interagem em festas,eventos,jantares,reuniões,churrascos,shows etc...etc...

Mas eu não estou me referindo ao coletivo mas a essa vontade individual ( ansiosa ) de que a sexta feira chegue logo. Poder dormir até mais tarde no sábado é um bom motivo,mas não é todo tipo de emprego que permite esse privilégio. 

As pessoas cultuam a sexta feira porque tem esperança. Como se essa noite trouxesse solução e alívio para nossas questões humanas e nossos problemas.

Vou contar um segredo : depois de aposentada e de uma certa idade,esse "frenesi" pela sexta feira acaba viu ? Tanto faz segunda,terça,quarta,quinta,sexta ou sábado. O domingo é que se torna o dia mais importante, porque temos a chance de ficar com filhos,netos e reunir a família toda.E cái a ficha que não importa o dia da semana se estamos vivos e com saúde para viver bem. 

      foto da capa : confraternização de conhecidos 

                                    Maria da Penha Boselli* / 2017