De posse de todos os ingredientes,dei inicio ao ritual do caldeirão : acendi o fogo,coloquei água,fui picando os legumes,a carne,e deixei tudo fervendo até o ponto certo de cozimento. A salsa e a cebolinha,eu piquei e deixei separado para bater depois,junto com todos os legumes quando estivessem devidamente cozidos e no ponto. A sopa estava cheirosa e perfumada,a fumaça saía da panela,dançando através das bordas da tampa e então desliguei o fogo e levei para bater no liqüidificador.
Liquidificador ? Que liqüidificador ? Cade o liqüidificador ? Pois não é que eu me esqueci que meu liqüidificador está sem copo ? Esqueci que o copo do liqüidificador rachou e foi pro lixo ? Decepcionada,fiquei olhando com cara de pateta para o motor do liqüidificador que estava em cima do balcão da cozinha,silencioso e inútil. E agora ? Como fica o meu sopão ?
Diante da impossibilidade de fazer minha sopa cremosa,mas ciente de que ela estaria uma gostosura,me contentei com sopa picadinho mesmo. Improvisar é preciso,aceitar o inevitável é necessário, e adaptar-se ás situações é viver bem. Fato é,que a sopa ficou uma delícia e fez sucesso. Os famintos da família a degustaram salpicada com queijo ralado,pão italiano e guardanapo no pescoço. Eu também,mas acompanhada com um bom vinho tinto, daqueles que deixa o pescoço da gente bem molenga no cangote, e o corpo todo,no ponto certo para dormir bem. *PenhaBoselli* -2015-